Robert (Bob) Hunter tinha seus vinte e poucos anos e ia estudar artes quando sentiu que queria fazer alguma coisa pelo Planeta Terra. Era o auge da Guerra Fria e Estados Unidos e URSS apontavam 56 mil ogivas uns contra os outros. Norte-americanos voltavam em sacos da Guerra do Vietnã e os Estados Unidos faziam testes nucleares.
A primeira ideia de Bob foi tentar impedir esses testes nucleares. Ele se uniu a um grupo de amigos e partiu em uma pequena embarcação saindo do Canadá até o Alaska, onde um teste ocorreria, para tentar pará-lo.
Aquele teste ocorreu de qualquer forma, mas o grupo conseguiu chamar muita atenção da sociedade, da mídia, de investidores. Foram suspensos os próximos testes e eles nunca mais pararam de lutar, cada vez por um propósito diferente, mas sempre em prol do meio ambiente.
Esse é o documentário “Como Mudar o Mundo” que acompanha toda a trajetória do Greenpeace baseado em manuscritos do próprio Bob. Fundada em Vancouver na década de 70, hoje tem escritórios em 55 países. Há muitos momentos de tensão, fases de declínio e dificuldades financeiras na história da ONG, mas principalmente muita luta e amor pelo planeta.
No Brasil, por exemplo, alguns temas que o Greenpeace trabalha e que nos interessam apoiar são o desmatamento na Amazônia, agrotóxicos, a origem das carnes que vão parar no supermercado, indígenas e muito mais.
Lutar contra grandes corporações e interesses empresariais é perigoso e difícil, mas é preciso partir de algum lugar. O documentário está no Netflix e vale a pena. Assistam.
Qual testamos?
Como Mudar o Mundo – disponível no Netflix