Eu, Clara, estava lendo a revista Piauí deste mês (julho) e encontrei um artigo que me chamou atenção. O artigo “Agora é Crise” começa dizendo que um autor vencedor do prêmio Nobel de economia (Joseph Stiglitz) está chamando a crise climática de terceira guerra mundial. O link está abaixo.
O artigo conta que em maio deste ano o jornal britânico The Guardian, um dos mais influentes jornais ingleses, decidiu mudar o tom para falar do aquecimento global. Agora não se fala mais em “mudança do clima” ou “aquecimento global”. Os jornalistas devem dizer “crise” “emergência” ou “colapso” do clima, já que os cientistas estão prevendo uma catástrofe para a humanidade, segundo o jornal.
O Reino Unido se tornou o primeiro Estado do mundo a declarar emergência climática ambiental. Depois dele, Canadá, Irlanda e o Vaticano adotaram resoluções parecidas. A premiê Thereza May anunciou que o Reino Unido se propõe a zerar suas emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050.
A Piauí cita que o último relatório do IPCC (da ONU), o texto científico mais importante do mundo sobre a mudança climática, mostrou que a temperatura da Terra aumentou a 1,5 °C desde a Revolução Industrial e ressaltou a necessidade crítica de uma ação climática urgente.
Entretanto, do lado de cá, os últimos dados do INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostraram que houve aumento de gritantes 88% no desmatamento da Floresta Amazônica. O presidente Jair Bolsonaro questionou esses dados e criticou o Instituto, como mostra essa matéria do jornal O Estado de São Paulo. O jornal ainda aponta que um levantamento feito entre janeiro e junho deste ano mostrou um desmatamento de 213 km2 na Amazônia.
A revista Piauí também ressalta que em maio o Senado promoveu uma audiência com pesquisadores brasileiros que contestam a existência do fenômeno, contrários a praticamente todos os cientistas que publicam estudos sobre o tema no mundo.
Enquanto o atual governo brasileiro e grande parte do mundo fecha os olhos para as crises ambiental e climática, nós aqui vamos realizando e promovendo as microrrevoluções. Para nós está mais do que clara a atual urgência global de mudanças: de mentalidade, de costumes e necessidades. Essas mudanças precisam partir de algum lugar e pelo que estamos vendo, no momento, não será dos nossos governantes.
Que cada indivíduo possa promover suas microrrevoluções, individuais ou coletivas.