ODS é a sigla dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, desenvolvidos pela ONU para nortear ações de governos, cidadãos, empresas e políticas públicas em prol de um desenvolvimento baseado no tripé da sustentabilidade.
Triple Bottom Line (ou tripé da sustentabilidade)
Esse conceito foi concebido em 1994 pelo sociólogo britânico John Alkington. Trata-se de três pilares, cujo equilíbrio garante a sustentabilidade. São eles:
- Ambiental (se relacionar com o meio ambiente de forma a não causar danos irreversíveis) ,
- Econômico (realizar empreendimentos que propiciem o retorno financeiro) e
- Social (garantir condições de trabalho favoráveis)
Em inglês, esse tripé se resume em 3 p’s: Planet, profit and people. A sustentabilidade reside na intersecção entre os três pilares.
Por muito tempo, várias pessoas organizações e países discutiam formas de obter políticas e ações para obter um desenvolvimento sustentável. Foram realizadas inúmeras reuniões e cúpulas ao redor do mundo com esse objetivo. Algumas delas são: Rio 92 (que culminou na Agenda 21), Rio +10 (na África do Sul em 2002) e Rio +20 (em Copenhagen em 2009).
Em 2015, a ONU liderou um movimento para consolidar algumas ações que garantissem o desenvolvimento sustentável no planeta. Esse movimento se chama Agenda 2030. Para construir essa agenda foram realizadas consultas públicas, pesquisas e entrevistas com 7 milhões de pessoas no mundo.
No final desse processo, foram estabelecidos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, os ODS. Eles são constituídos por 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos. Os ODS foram construídos a partir dos Objetivos do Milênio (ODM), estabelecidos na Cúpula do Milênio, no ano de 2000 em Nova York. Eles eram oito e, em 15 anos (até 2015), foi possível afirmar que algum progresso havia sido realizado em cima deles, como a redução da miséria no Brasil por exemplo. Desta forma, foi decidido aprimorar essas metas, acrescentando novas metas e definindo melhores diretrizes.
Os ODS são considerados prioridade global para que os desafios ambientais sejam enfrentados juntamente aos do desenvolvimento humano.
É basicamente uma lista de tarefas que todo mundo deve cumprir a fim de termos um mundo mais justo, saudável e sustentável. E quando me refiro a todo mundo quero dizer: governos, empresas e sociedade civil. Todo mundo mesmo. São 17 objetivos que o mundo deve ter em mente o tempo todo para abrir um negócio, definir prioridades de uma empresa, criar políticas públicas, se pautar no geral.
Segundo o site da ONU no Brasil:
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Seguem os 17 objetivos, caso você não consiga ver a imagem acima:
- Erradicação da pobreza
- Fome zero
- Boa saúde e bem-estar
- Educação de qualidade
- Igualdade de gênero
- Água limpa e saneamento
- Energia acessível e limpa
- Emprego digno e crescimento econômico
- Indústria, inovação e infraestrutura
- Redução das desigualdades
- Cidades e comunidades sustentáveis
- Consumo e produção responsáveis
- Combate às alterações climáticas
- Vida debaixo d’água
- Vida sobre a terra
- Paz, justiça e instituições fortes
- Parcerias em prol das metas
Não é à toa que a primeira meta é a erradicação da pobreza. Os 193 países da ONU reconheceram que a pobreza é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável. Antes de qualquer meta, a pobreza precisa ser superada.
É importante ressaltar que os ODS funcionam como uma engrenagem onde um objetivo dá força ao outro e todos são importantes em conjunto para o desenvolvimento sustentável.
Estou estudando os ODS na minha pós-graduação na FGV de Meio Ambiente e Sustentabilidade (inclusive o conteúdo para esse texto eu tirei das apostilas e materiais do curso) e uma coisa que me chamou muita atenção foi o enfoque que é dado para as ações individuais. Aquelas que por aqui chamamos de #microrrevoluções.
Listei algumas das ações individuais que a FGV traz para contribuirmos com os ODS, que eu acreditam que ressoam muito com o nosso trabalho.
O que EU posso fazer para contribuir com os ODS?
- Conscientização sobre desperdício de alimentos (ODS 2)
- Campanhas para evitar o desperdício de água (ODS 6)
- Uso consciente de energia (ODS 7)
- Apoio a projetos de educação inclusiva (ODS 10)
- Mutirões de limpeza em praias, praças e outros espaços públicos (ODS 11)
- Promoção de bazares de troca de roupas e brinquedos (ODS 12)
- Palestras sobre consumo consciente (ODS 12)
- Reaproveitamento de materiais recicláveis (ODS 12)
- Campanhas para a redução no consumo de plástico (ODS 14)
Termino com uma frase da minha apostila:
“Atuar em favor da sustentabilidade é algo que está ao alcance de qualquer pessoa que deseja fazer a diferença.”
Ah, e para saber como o Brasil está indo com relação as metas, clique aqui. Este é o relatório Luz, feito pela sociedade civil para monitorar as metas. Já adianto que os nossos resultados não são nada animadores: estamos em pleno retrocesso.
Saiba mais:
Qual testamos?
O que EU posso fazer para contribuir com os ODS?
- Conscientização sobre desperdício de alimentos (ODS 2)
- Campanhas para evitar o desperdício de água (ODS 6)
- Uso consciente de energia (ODS 7)
- Apoio a projetos de educação inclusiva (ODS 10)
- Mutirões de limpeza em praias, praças e outros espaços públicos (ODS 11)
- Promoção de bazares de troca de roupas e brinquedos (ODS 12)
- Palestras sobre consumo consciente (ODS 12)
- Reaproveitamento de materiais recicláveis (ODS 12)
- Campanhas para a redução no consumo de plástico (ODS 14)