A cidade de São Paulo gera, em média, 20 mil toneladas de lixo diariamente. Só de resíduos das casas são quase 12 mil toneladas por dia, segundo a prefeitura. Hoje vamos falar apenas sobre os resíduos que não são separados e reciclados (infelizmente!).
Para esse lixo, existem dois destinos em São Paulo: os aterros sanitários e os transbordos, que são locais intermediários para os resíduos que mais tarde irão para o aterro. Estes só existem por conta da distância grande entre o ponto de coleta e o aterro.
Felizmente, por conta da Política Nacional dos Resíduos Sólidos criada em 2010, a cidade de São Paulo acabou oficialmente com os lixões. Se você localizar algum, deve denunciá-lo no 156.
São Paulo não tem mais lixões, mas não é parâmetro para o resto do país. Por causa da dificuldade em extingui-los o governo postergou o prazo para a erradicação dos lixões no Brasil para 2021. Segundo dados de 2017 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), por ano, 30 milhões de toneladas de rejeitos vão parar nos lixões sem qualquer tratamento.
E o que são os lixões?
São um enorme problema: grandes terrenos afastados dos centros urbanos, onde o lixo é depositado a céu aberto, sem uma pré-seleção de materiais recicláveis, orgânicos, hospitalares, entulho, etc. Esse tipo de depósito é super prejudicial à natureza, porque todo o terreno, os lençóis freáticos e uma grande área no entorno ficam poluídos e intoxicados. Também há a questão dos trabalhadores socialmente excluídos que recolhem materiais recicláveis nos lixões para gerar renda, um problema de saúde pública por conta das doenças relacionadas ao lixo e do ar contaminado.
Os aterros
Os aterros sanitários são hoje uma das soluções para o problema do lixo. Segundo dados do IBGE, o Brasil possui aproximadamente cerca de 1.700 aterros sanitários. Trata-se de um terreno previamente escolhido para minimizar problemas ambientais onde o lixo é depositado em camadas, em locais escavados. O lixo é prensado por máquinas para ser reduzido ao máximo e depois é coberto por terra. Diferente dos lixões, os aterros sanitários seguem uma série de protocolos que protegem o solo, os lençóis freáticos e os cursos d’água, a atmosfera e as populações do entorno.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro fica sendo monitorado até que esteja totalmente livre de contaminações para depois ser transformado num espaço verde, parque, etc.
Existe também uma categoria intermediária entre os aterros sanitários e os lixões. São os aterros controlados, onde o lixo recebe uma cobertura de terra para minimizar o cheiro e a proliferação de insetos e animais. Mas o solo não é impermeabilizado adequadamente e não há sistema para tratamento do chorume.
Visita
Para entender melhor a questão do lixo e poder nos engajar, nós decidimos organizar uma visita ao aterro da Estre, a maior empresa de serviços ambientais do país. Essa visita está programada para o dia 15/06 e sai de São Paulo. Vem com a gente? Vai ser uma baita aula sobre o tema!
O roteiro:
- Apresentação do Instituto Estre;
- Diálogo sobre resíduos e consumo;
- Maquete pedagógica – apresentação do ciclo dos resíduos apresentando as principais diferenças entre lixão e aterro sanitário, coleta seletiva e novas tecnologias para o tratamento de resíduos.
- Tour no aterro sanitário.
Grupo de até 20 pessoas. Valor sugerido: R$35,00. Inscreva-se aqui
Saiba mais:
O problema dos lixões no Brasil