“Sweatshop – Dead Cheap Fashion” é uma série documental de cinco episódios lançada em 2014. No enredo, três fashionistas noruegueses descobrem in loco de onde vem as suas roupas: de lugares da Asia cujos trabalhadores vivem em situações muito diferentes das deles. Eu, C assisti a versão encurtada no Youtube (dura 50 minutos).
Ludvig Hambro, Frida Ottesen e Anniken Jorgensen moram em Oslo e são jovens, bonitos e ricos. Eles começam a série falando sobre a quantidade de roupa que compram, a dificuldade para guardar tudo o que têm e chegam até a brincar com as etiquetas: “essa vem do Camboja, uhhh!”. Os três têm o clássico lifestyle de Instagram.
Ao vivenciar durante um mês a realidade da indústria da moda no Camboja, os jovens começam a se incomodar. Eles dormem na casa de uma jovem cambojana que ganha US$ 3 por dia (trabalhando 7 dias por semana!), passam quase 12 horas em uma das fábricas costurando – com fome e exaustão – e ouvem os relatos de pessoas que simplesmente morreram por não conseguir se sustentar.
Frases que dizem no começo como: “Acho que eles estão acostumados” e “Há trabalhos piores” são substituídas por um choro compulsivo. Ludvig diz que finalmente entendeu o real significado da palavra “injusto”, Anniken diz que depois de conversar com uma jovem da sua idade, ficou impactada em como a vida dela é tão miserável sendo que suas vidas têm o mesmo valor. Ela chora copiosamente, com razão. Nada ali é ficção.
A série traz uma excelente reflexão e nos faz repensar nossas compras. Muitas vezes aquela blusinha que custou dez, quinze reais para você foi feita por trabalhadores do Camboja, Vietnã ou Indonésia que vivem em situação análoga a escravidão. Vale o preço?
Saiba mais:
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Assista a versão encurtada de 50′ aqui.