Quem está por trás do Linhão?
Sou helena, nascida e criada em São Paulo. Minha trajetória foi marcada pela vontade de me encontrar. Transitei por diversas áreas, vivenciei diversas possibilidades e descobri que a vontade de trazer mais vida para o mundo é o que me motiva. Me encontrei na biologia como forma de entender o mundo e na agroecologia como forma de sentir o mundo. Compreendo que a vida é feita de relações, diversidade, equilíbrio e sabedoria, e tento reproduzir isso dentro e fora de mim. A agroecologia foi como encontrei de colocar o que sinto que é certo, na prática e, por isso, me encontrei tanto no linhão.
Me chamo João, minha trajetória até o Linhão acontece a partir de desencontros sequenciais desde que saí do colégio, mas pra encurtar a história vou colocar o que foi mais relevante. Em 2015, ano em que eu entrava no curso de Biologia, meu pai morreu. A partir daí atinei que estava vivo e a palavra vida ganhou profundidade. Passei a compreender aos poucos todo o empobrecimento de sentidos e o assalto à liberdade que o sistema capitalista projeta em nós cotidianamente. Em 2016 conheci Agrofloresta e descobri que a terra me acolheria, porém, impedido de acessá-la, segui atropelado pelo cotidiano até concluir o curso em 2019. Com a pandemia e o isolamento social, a insalubridade da cidade se evidenciou e surgiu uma vontade de plantar abundância aqui, trazendo pra perto do entorno a Agroecologia e fortalecendo a luta por uma reforma agrária. Cá estamos…
Sou Carlos ou Carlinhos ou Carlão, como Joca e Helena passaram a me chamar. Tenho 50… e alguma coisa e gosto da terra, das plantas. Isso me remete muito a de 94 anos, minha mãe, que ama sua fazendinha no quintal de sua casa. O linhão foi João que me apresentou, nos cruzamos por algumas vezes – Se vai lá? – disse ele, – Vou! – disse eu e acabei “fondo” e aqui estou. Aprendendo muita coisa que não sabia. Essa é a melhor resenha da vida a troca o dividir, como nossas plantas, nossa TERRA. |